segunda-feira, 11 de maio de 2009

20 ANOS DE TEATRO!


Este ano comemoro 20 anos de teatro e estarei em cartaz com duas peças na Casa de Cultura Mario Quintana, Teatro Bruno Kiefer.


No início dos anos 90, fazia o Collor, no espetáculo de rua "Faltou dinheiro na praça".

Bem, as peças são:

Filhote de Cruz Credo (de 13/06 à 05 /07 - Sábados e domingos, 16 horas)

Dez(quase)Amores (de 12/06 à 05/07 - Sextas, sábados e domingos, 20 horas)

A estréia da peça infantil que fala sobre bullying é dia 13 de junho.

A peça mostra a fase mais inicial do Bullying, onde o apelido é a tortura.

A criança deve entender que aquele comportamento não é correto, pois o Bullying cresce como umabola de neve.

O espetáculo teatral infantil "Filhote de Cruz credo" é inspirado no livro de Fabrício Carpinejar, "FILHOTE DE CRUZ-CREDO: A TRISTE HISTORIA ALEGRE DE MEUS APELIDOS" , lançado em 2001 pela editora Girafinha.Além do livro, eu adaptei outros textos inéditos de Fabrício, em que o poeta lembra a infância.

A peça mostra a história quase autobiográfica de Fabrício Carpinejar e de tantas outras pessoas, que quando criança, tiveram vergonha de um apelido, ou eram motivo de gozação.

Não é fácil ser feio como nosso personagem Fabrício.

De tanto escutar que era bonitinho em casa, o menino se convenceu.

O irmão Rodrigo, dois anos mais velho, sofria com o vexame que Fabrício não via.Achava que o erro estava no irmão, não nas pessoas que caçoavam do guri franzino.

Os tios, os parentes longínquos e os conhecidos reclamavam que tinha um parafuso a menos, de tanto cair e se espatifar nas escadas.

Um dia, o chuveiro estragou, e Fabrício enfrentou o banho frio e o vidro do espelho não ficou embaçado.

Observou pela primeira vez, com calma, a cara no espelho.

O reflexo só podia causar espanto, pois revelava sua feiúra.Para evitar chacotas, Fabrício preferia ficar desenhando sozinho durante o recreio na sala de aula.

Essa implicância comum entre as crianças é narrada com humor, sem, no entanto maquiar a angústia que ela causa.


No final, o personagem consegue reagir de modo surpreendente, com a ajuda do irmão, sem precisar brigar com ninguém, consegue o respeito dos colegas além da menina mais bonita da escola.

Partindo da idéia que a infância às vezes pode ser muito triste, principalmente pra quem é perseguido por um colega, ou uma turma, o espetáculo traz uma atmosfera gótica, com imagens sombrias.

É um espetáculo infantil com uma pitada de humor negro, combinado com uma estética dark.A história se passa em meio de espelhos quebrados, narrado por uma apresentadora dark, que veio direto de um circo de horrores.

No plano estético, tem-se a temática Expressionista, fantástica, sobrenatural: os figurinos estão sendo concebidos por Rô Cortinhas.A peça aborda o "Bullying", um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo, ou um grupo de indivíduos(a turminha lá da escola).

O objetivo? intimidar outro indivíduo ( O Fabrício), incapaz de se defender.O bullying escolar na infância é uma prática observada em várias culturas.


Abraços, Bob Bahlis

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